Título: Parceria com a CeBIT confirma bom momento que vivemos
Autor: Miranda, Renata
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/03/2012, Negócios, p. B16

Diretor da Softex, que coordena a presença brasileira na feira, diz que evento pode consolidar imagem do País no setor

O foco da participação brasileira na CeBIT deste ano é fortalecer a imagem do País como um importante produtor de Tecnologia da Informação (TI) para, dessa maneira, ampliar os negócios do Brasil no setor. De acordo com Djalma Petit, diretor de mercado da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) - entidade responsável pela coordenação da presença nacional no evento -, o Brasil investiu aproximadamente 2,5 milhões para estar presente no evento em Hannover. Em entrevista ao Estado, ele explica que, durante a feira, a delegação brasileira procurará mostrar a diversidade da indústria nacional no setor:

O que significa para o Brasil ter sido convidado a ser o país parceiro da CeBIT este ano?

O Brasil neste momento goza de uma imagem extremamente positiva no mundo, e o convite feito ao País para ser parceiro da CeBIT é exatamente a confirmação deste bom momento que vivemos. Além disso, é uma grande oportunidade para fortalecer e consolidar a imagem do Brasil como um produtor importante de tecnologia da informação (TI) com alcance global.

Na sua opinião, quais são os principais desafios que o mercado e a indústria de TI do Brasil devem enfrentar nos próximos anos?

Os desafios da indústria são bastante inerentes a ela mesma. Ainda temos problemas internos que precisamos resolver, como a questão da carga tributária e a carência de profissionais qualificados do setor. Mas o Brasil é um mercado completamente aberto, então qualquer empresa mundial pode se instalar e começar a operar tranquilamente - o que é bom e ruim ao mesmo tempo para o mercado nacional. É bom porque acaba elevando o padrão das nossas empresas, que são obrigadas a competir com multinacionais. Assim, elas se credenciam para trabalhar fora do território nacional também.

Este ano o Brasil trouxe a maior delegação de sua história para a feira. Entre tantos expositores, quais são os destaques brasileiros?

A participação do País teve como filosofia transmitir a diversidade da nossa indústria, então temos aqui desde empresas de software e serviços até as grandes instituições nacionais, como a Petrobrás, a Embrapa e a Embraer.

E como a presença dessas empresas brasileiras pode atrair investimento ao País?

Nós temos aqui uma área que chamamos de "espaço do investidor". Convidamos todas as instituições capazes de receber investimento, porque o que tem ocorrido nos últimos dois anos é uma demanda tremenda de consultas para investimentos. Criamos este espaço de forma que os investidores potenciais tenham todo o portfólio para investir, usando desde a Bovespa até o BNDES. / R. M.