Título: Citibank reduz taxas de juros para pessoas físicas
Autor: Nakagawa, Fernando; Fernandes, Adriana
Fonte: O Estado de São Paulo, 26/04/2012, Economia, p. B4

Banco segue tendência do mercado e diminui custo para modalidades como cheque especial e crédito pessoal O Citibank é mais um dos grandes bancos de varejo a baixar as taxas de juros de algumas modalidades de financiamento, todas na área de pessoas físicas. Foram contemplados no programa de redução o crédito imobiliário, o crédito pessoal, o cheque especial e o financiamento de veículos.

No crédito imobiliário, o juro passou para 8,9% ao ano mais Taxa Referencial (TR) desde que a operação seja contratada no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). No crédito pessoal, a taxa mínima baixou para 1,69% ao mês. No cheque especial, o juro mais passou para 1,99% ao mês. No financiamento de automóveis, a taxa mínima diminuiu para 0,99%.

O banco não informou os valores que vigoravam antes nem quis se pronunciar sobre os motivos que levaram à queda das taxas. Em uma nota, informou apenas que "está acompanhando os movimentos do mercado e avaliando as possibilidades". Foi uma resposta ao questionamento da reportagem a respeito da possibilidade de promover novas reduções.

Das sete grandes instituições financeiras de varejo que atuam no Brasil, o Citibank era a única que não havia reduzido os juros desde que a pressão do governo sobre o setor começou.

O movimento se iniciou com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e, depois de alguma relutância, foi seguido pelos bancos privados. O primeiro a acompanhar os públicos foi o HSBC.

Depois, foi a vez do Santander. O banco espanhol, no entanto, informou que as reduções anunciadas tanto nas pessoas físicas quanto nas jurídicas já estavam sendo preparadas. Ou seja, não estariam relacionadas às pressões do governo.

Na quarta-feira da semana passada, Itaú e Bradesco, os dois maiores do setor privado, também baixaram as taxas em algumas modalidades de crédito.

Quase imediatamente, foram seguidos por Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Ontem, por exemplo, a Caixa anunciou novas taxas para o crédito imobiliário. Os bancos públicos querem manter-se na vanguarda do movimento de queda de taxas, estratégia adotada pelo governo para promover mais competição no setor.

Oficialmente, os bancos privados, tal qual o Citibank, afirmam que continuam estudando os movimentos de mercado para eventualmente baixar suas taxas de novo.

Na prática, porém, a alta da inadimplência nos últimos meses assusta as instituições e tende a deixá-las mais reticentes em fazer novas reduções. No primeiro trimestre, por exemplo, Itaú e Bradesco tiveram os resultados negativamente afetados pelo calote.