Título: Expectativa é que crédito imobiliário fique mais barato
Autor: Madueño, Denise
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/05/2012, Economia, p. B5

Com a mudança nas cadernetas, o governo espera que os financiamentos da casa própria fiquem mais baratos. "Os bancos vão poder liberar empréstimos a custos menores", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Essa é a tendência." Esse movimento vai ocorrer porque os recursos depositados em cadernetas de poupança são utilizados para financiar a compra da casa própria. Como a caderneta pagará rendimentos menores a partir das mudanças anunciadas ontem, a fonte de financiamento de bancos e construtoras ficará mais barata. Hoje elas pagam algo como 7,5% ao ano.

Com a nova regra, se a taxa Selic for a 8%, por exemplo, ficará em 5,6% ao ano. Esse ganho, acredita o governo, será repassado aos mutuários.

"É um movimento natural (que o custo mais baixo seja repassado para o cliente)", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari Júnior. Ele ressaltou que ainda é prematuro afirmar que isso realmente ocorrerá. "Mas o risco, aliás, um bom risco, é esse." Mantega, por sua vez, avaliou que os bancos vão diminuir os juros porque existe uma forte concorrência no segmento de crédito habitacional. As taxas menores, porém, só seriam oferecidas aos empréstimos novos.

Os antigos, em tese, continuam atrelados às regras do contrato. Mas, informou o ministro, o governo estuda formas de facilitar que os mutuários antigos quitem suas dívidas e contraiam financiamento habitacional novo a taxas menores. É a chamada portabilidade. "Estamos estudando", disse ele, sem entrar em detalhes. "Ainda não temos posição."

Essa hipótese de troca de contrato foi levantada também por Lazari. Com uma Selic a 6%, por exemplo, o custo do funding vai para 4,2% ao ano. Para quem financiou um imóvel com taxa de 10% ao ano mais variação da TR, abre-se uma janela de oportunidade para renegociação com o banco. Em tese, as próprias instituições financeiras podem oferecer taxas mais baixas para 'roubar' clientes dos concorrentes. "A competição é boa, sempre bem-vinda", disse Lazari.

Mantega avaliou que o volume de recursos disponíveis para o setor não vai diminuir. Hoje, são R$ 431 bilhões depositados em caderneta. "Esse poupador é um felizardo, porque tem garantida uma boa remuneração por tempo indeterminado", disse.

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