Título: Barbassa confirma possibilidade de reajuste de preços
Autor: Ciarelli, Mônica; Valle, Sabrina; Torres, Sergio
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/05/2012, Economia, p. B8

Diretor financeiro da Petrobrás não revelou detalhes, mas Lobão tem falado em alta, se barril bater nos US$ 130 O diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, confirmou o que a presidente da estatal, Graça Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já disseram: a companhia trabalha com a possibilidade de reajuste dos preços dos combustíveis, congelados por decisão do governo federal. Mas se recusou a revelar detalhes do planejamento da petroleira.

A respeito das declarações recentes de Lobão, de que o valor da gasolina aumentará quando o preço do barril chegar a US$ 130 no mercado internacional, Barbassa desconversou. "Trabalhamos com a possibilidade (de reajuste), desde que o cenário mostre as condições. Temos feito análise do cenário do preço e mostrado ao conselho, que tem se mostrado confortável com a situação atual", afirmou.

De acordo com o diretor financeiro, a valorização do dólar é negativa para o resultado da empresa. A Petrobrás tem uma dívida de US$ 76 bilhões, sujeita à variação cambial. "A desvalorização cambial, com a valorização do dólar, não é boa porque nós temos uma dívida de US$ 76 bilhões, que está sujeita à variação cambial. "Traz efeito negativo", disse ele.

Barbassa também afirmou que haverá impacto na distribuição de dividendos pela companhia. "Mas câmbio é uma coisa que vai e volta. Neste momento, afeta o resultado, afeta a distribuição de dividendos."

O executivo evitou estender-se quando respondeu sobre o Plano de Negócios 2012-2016, em estudos pela Petrobrás. Declarou apenas que o novo plano deverá ser divulgado "lá para agosto". O atual, referente ao período 2011-2015, prevê investimento de US$ 224,7 bilhões. / M.C., S.V. e S.T.