Título: Analistas ainda veem rede social com otimismo
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Fonte: O Estado de São Paulo, 19/05/2012, Negócio, p. B18

O desempenho do Facebook ontem foi bem diferente da expectativa. As ações subiram somente 0,6%, para fechar cotadas a US$ 38,23, bem longe do crescimento de dois dígitos projetado pelo mercado. Esse resultado acabou afetando os papéis de outras empresas de mídia social.

A principal vítima foi a Zynga, de jogos para o Facebook, que caiu 13,4%, cotada a US$ 7,16, depois de ter alcançado de US$ 6,40. Os negócios com suas ações foram suspensos duas vezes, por causa dessa queda.

Os papéis do LinkedIn caíram 5,7%, para US$ 99,02, e o Groupon perdeu 6,7%, para US$ 11,58. Tanto a Zynga quanto o Groupon, que abriram o capital no ano passado, estão sendo negociados com preço abaixo da oferta inicial.

Apesar da estreia decepcionante do Facebook e da performance ruim de outras ações de mídia social, os investidores ainda estão otimistas quanto ao potencial da maior rede social do mundo.

"Em qualquer área nova, mídia social neste caso, a maioria será de perdedores, e somente alguns serão vencedores. Sim, a abertura de capital foi decepcionante, mas o Facebook é claramente o vencedor aqui, e os outros não são", disse Randy Warren, estrategista-chefe de investimento da Warren Financial Service. Warren explicou dessa forma a queda das outras ações de internet: elas devem ter sido vendidas por pessoas que compraram as do Facebook.

Aposta. Para Andrew Brooks, diretor de negociação com ações americanas da T. Rowe Price, o cenário é outro. Ele acredita que os investidores estão apostando contra o setor de mídia social como um todo. "Esse grupo inteiro recebeu um interesse exagerado", disse ele. "Existem pessoas que querem estar do outro lado desse fenômeno."

Antes do primeiro dia de negociação, William Schultz, diretor de investimentos da McQueen, Ball & Associates, havia dito achar que os investidores tratariam o Facebook como um "artista de um único sucesso", em que eles comprariam as ações na oferta e depois tentariam vendê-las. / REUTERS e AP