Título: Com Facebook Bono se torna músico mais rico do mundo
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Fonte: O Estado de São Paulo, 19/05/2012, Negócio, p. B18

O vocalista do grupo irlandês U2, Bono, pode ter se tornado nesta sexta-feira o músico mais rico do mundo, por causa de um investimento feito em 2009 na rede social Facebook.

Por meio da sua companhia de investimentos Elevation Partners - que tem interesses na indústria tecnológica, musical e da informação -, Bono investiu cerca de US$ 90 milhões para comprar 2,3% da rede fundada por Mark Zuckerberg, operação à época criticada e até ridicularizada por muitos analistas.

Com a abertura de capital realizada nesta sexta, que avaliou o Facebook em mais de US$ 100 bilhões, a empresa do cantor passou a deter cerca de US$ 2,5 bilhões, dos quais Bono teria direito a US$ 1,5 bilhão. Segundo a revista Forbes, Bono é um dos 12 maiores acionistas da rede social.

De acordo com o blog de tecnologia Business Insider, o cantor teria acumulado, em seus 30 anos de carreira, uma fortuna de US$ 900 milhões. Ou seja, apenas com o investimento no Facebook, teria conseguido superar esse patrimônio.

Com isso, Bono superaria o ex-Beatle Paul McCartney, que tem uma fortuna estimada em cerca de US$ 1 bilhão e era considerado, até agora, o músico mais rico do mundo.

Em entrevista à rede de TV americana MSNBC para falar sobre a escassez de alimentos na África, porém, o cantor desdenhou de sua posição de bilionário da internet. "Ao contrário do que vem sendo noticiado, eu não sou um bilionário ou mais rico do que qualquer Beatle", disse.

"Na Elevation, nós investimos o dinheiro de outras pessoas - doações, fundos de pensão", disse. "Somos pagos para isso, claro. Mas, você sabe, eu já me sentia rico quando tinha 20 anos e minha mulher pagava minhas contas. Apenas por estar em uma banda, eu sempre me senti abençoado."

Entre 2007 e 2008, a Elevation Partners já havia investido em uma outra grande companhia de tecnologia americana, a Palm. Mas, diferentemente do Facebook, a empresa apenas "empatou" seu investimento de mais de US$ 300 milhões em 2010, quando a Palm foi vendida para a fabricante de computadores americana HP.