Título: Valores divergem das contas declaradas ao TSE
Autor: Gallo, Fernando
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/06/2012, Nacional, p. A4

As declarações do jornalista Luiz Carlos Bordoni quanto a valores divergem da prestação de contas da campanha do governador Marconi Perillo constantes no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As declarações do jornalista Luiz Carlos Bordoni quanto a valores divergem da prestação de contas da campanha do governador Marconi Perillo constantes no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dono da Art Mini, André Luiz Mendes, confirmou que emprestou notas para Bordoni receber pelos serviços prestados a Perillo. Na prestação de contas da campanha do governador ao TSE, no entanto, a produtora aparece como recebedora de apenas R$ 33,3 mil. Mendes diz que parte dos R$ 70 mil que recebeu pelos trabalhos feitos na eleição foi paga pela produtora Makro Vídeo e Som, que locou equipamentos para a agência de publicidade que fez a campanha de TV de Marconi. “Eu emito todas as notas. Quem me pagou foi a Makro”, afirmou. “Algumas coisas que o Bordoni precisou, de algumas notas, eu forneci pra ele poder receber da galera dele.”

O dono da Makro, Euclides Neri, por sua vez, confirmou a versão de Mendes sobre a sub-contratação e disse ter pago à Art Mini por pequenos serviços prestados durante a campanha. A Makro, no entanto, aparece na prestação de contas do comitê financeiro único de Perillo como recebedora de R$ 150 mil, que o dono da produtora diz ter recebido pela locação de estúdios e equipamentos à agência de publicidade que tocou a propaganda de TV e rádio de Perillo no primeiro turno. Neri não soube dizer por que os outros serviços que ele e a Art Mini prestaram não aparecem na prestação de contas. / F.G.

PARA LEMBRAR

PF investigou empresa

Segundo investigações da Operação Monte Carlo, a construtora de fachada Alberto e Pantoja registrou operações atípicas durante o ano eleitoral, período em que movimentou R$ 17,8 milhões. Duas empresas, que embolsaram R$ 210 mil da Pantoja, doaram R$ 800 mil a candidatos. Entre eles Marconi Perillo (PSDB) e o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), ambos citados nas investigações da PF por supostas relações com a quadrilha. Registros do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, um mês após a eleição, Perillo recebeu R$ 450 mil da Rio Vermelho Distribuidora, citada em laudos da PF que mostram transferências feitas pela Alberto e Pantoja em 2010 e 2011. O atacadista recebeu R$ 60 mil da empresa, que tem como procurador Geovani Pereira, homem de confiança de Cachoeira.