Título: Exportações atingem 46% da meta para o ano
Autor: Nakagawa, Fernando
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/07/2012, Economia, p. B7

O resultado da balança comercial brasileira nos primeiros dias do segundo semestre em nada colabora para que o governo tenha um alento em relação ao setor externo. O saldo da primeira semana de julho ficou positivo em apenas US$ 623 milhões, levando o acumulado do ano para um superávit de US$ 7,693 bilhões.

Em meio a um cenário de apatia internacional em função da crise, sem sentir os reflexos da alta do dólar sobre as transações e influenciada pela greve dos auditores, as exportações não conseguem decolar. Desde o início do ano, as vendas brasileiras somaram US$ 122,574 bilhões - 46% da meta pretendida pelo governo para o ano, de US$ 264 bilhões. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) já fala em reduzir o objetivo.

Refletindo o desgaste do setor, a principal dificuldade do País neste início de mês foi colocar seu produto industrializado no mercado externo. Conforme dados divulgados ontem pelo MDIC, a média diária das vendas de itens manufaturados apresentou queda de 3,4% na comparação com julho de 2011. O total exportado por dia passou de US$ 371,1 milhões para US$ 358,5 milhões, em média.

Dificuldades. O Brasil encontrou mais barreiras para vender produtos de vários setores da economia, que vão desde óxido de alumínio, passando por açúcar refinado, polímeros plásticos, tratores, calçados e autopeças.

Pela comparação média do dia a dia, as vendas de produtos básicos, como trigo, soja e carnes ficaram praticamente estáveis, com crescimento de 1,9%. A maior expansão do período foi de semimanufaturados, como ferro fundido, madeira e celulose, que tiveram alta de 14,8%.