Título: Tenho de legalizar para não pensarem que é roubado
Autor: Dantas, Fernando
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/07/2012, Economia, p. B7

A corrida para a formalização pode ser testemunhada em iniciativas como a Semana do Empreendedor Individual, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na sua edição no Largo da Carioca, no Centro do Rio, entre os dias 2 e 7 de julho. Renato Morim, 37 anos, com terceiro grau incompleto em Informática, foi até o stand do Sebrae para se informar sobre como abrir um restaurante dentro da formalidade. Ele teve uma mercearia informal, mas nota que "sem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) a gente não consegue comprar dos atacadistas, e sai tudo mais caro".

Já Miriam Batista da Silva, 48 anos, vendedora ambulante de bijuterias e roupas esportivas, com um ponto na favela da Rocinha, no Rio, quer legalizar o seu negócio "para ter uma firmeza, poder ter recibo, tudo direito, e as pessoas não pensarem que estou vendendo mercadoria roubada". Com primeiro grau completo, Miriam utilizou o processo acelerado de formalização da Semana do Empreendedor e pretende pegar o seu CNPJ amanhã.