Título: Brasil era peça-chave para o reposicionamento da empresa
Autor: Gazzoni, Marina
Fonte: O Estado de São Paulo, 07/07/2012, Negócios, p. B10

A Pluna vinha com um crescimento expressivo no mercado brasileiro nos últimos dois anos. O País era peça-chave de uma plano de reposicionamento da empresa, estruturado pelo seu antigo sócio, o fundo Leadgate. A ideia era ser uma opção econômica para passageiros que querem viajar ao exterior, principalmente para Buenos Aires, e não se incomodavam em fazer escala em Montevidéu.

A empresa voava com 13 aviões Bombardier, de 90 lugares, para sete destinos brasileiros: São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Foz do Iguaçu e Belo Horizonte. A Pluna também fez voos a partir de Campinas e de Florianópolis e chegou a anunciar sua intenção em voar a partir de Campo Grande.

Criada há 75 anos, a empresa é considerada estratégica para a manutenção do tráfego aéreo no Uruguai. Nos anos 90, o governo uruguaio decidiu vender uma participação da empresa a um grupo privado e se associou à Varig. Devido aos problemas financeiros da companhia brasileira, o governo reassumiu o controle da Pluna e, em 2007, vendeu a companhia ao fundo Leadgate.

Para o consultor em aviação Nelson Riet, o negócio da Pluna é inviável sem subsídio estatal. "A quebra já era prevista. O Uruguai é um país pequeno para sustentar uma empresa aérea nacional", disse. Para ele, a melhor solução é abrir o mercado a empresas estrangeiras. / M.G.