Título: Com 8 nomes, não dá para fazer muito
Autor: Gallo, Fernando ; Duailibi, Jília
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/08/2012, Nacional, p. A12/13

Exceto o Serra, todos os candidatos bateram na gestão Kassab - o que até constrangeu o Serra no primeiro bloco. Ele optou pela linha da continuidade e de repente tem sete candidatos batendo no governo. O Serra sequer conseguiu falar alguma coisa sobre a saúde no tempo que lhe foi destinado. Isso pode fazer com que ele reveja a estratégia de se apresentar como candidato de continuidade, tom que ele deu no debate. O primeiro bloco foi um desastre para quem foi ministro da Saúde. A própria aparência dele é de alguém acuado, de cabeça baixa, um ar cansado.

O Serra só ganhou projeção no momento em que o Boris Casoy deu a deixa com a pergunta da taxa do lixo, que foi vulnerável no governo Marta Suplicy (PT). Se tem alguém que conseguiu aparecer mais, dos candidatos em tese competitivos, foi o Fernando Haddad. Até que, dentro do que dá para ele responder, ele não se saiu mal, porque colocou a carreira dele em confronto. E avançou no debate ao propor a criação da Controladoria-Geral do Município. Senti o Chalita um tanto quanto tímido e acuado e o Russomanno pisando em ovos.

Foi um debate respeitoso, morno, porque com oito candidatos não dá pra fazer muita coisa.