Título: Novo presidente promete varredura no Barclays
Autor: Friedlander, David ; Modé, Leandro
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/08/2012, Economia, p. B5

O novo presidente do conselho de administração do banco britânico Barclays, David Walker, disse que fará uma revisão completa nos negócios do banco após o escândalo sobre a manipulação da taxa Libor. A afirmação foi dada em entrevista ao jornal Sunday Telegraph. Ele destacou ainda que não está comprometido com nenhuma das políticas de seu antecessor.

David Walker precisa encontrar um substituto para Robert Diamond, que deixou o cargo de executivo-chefe do Barclays depois que veio à tona a multa de US$ 453 milhões sofrida pelo banco por manipulação da taxa interbancária de Londres (a Libor, que serve de referência para empréstimos entre instituições financeiras no mundo todo).

O escândalo danificou a reputação do banco e levou a uma série de renúncias de executivos de alto escalão. Reguladores ainda avaliam a possibilidade de apresentar acusações criminais contra os envolvidos.

Observadores do mercado especularam que o Barclays pode agora separar-se da divisão de investimentos, Barclays Capital. Mas Walker, que assume no dia 1.º de novembro, parecia alheio à ideia, dizendo que gostaria que a instituição continuasse como um "banco universal".

O Sunday Telegraph, citando um dos 10 maiores acionistas da instituição, informou ainda que investidores do Barclays estão apoiando o nome de Stephen Hester para suceder Diamond. Hester é atualmente CEO do Royal Bank of Scotland (RBS).

Conforme a mesma fonte, o Barclays deve abrir uma consulta externa para escolher o próximo CEO após a saída de Diamond.

Grécia. A Alemanha deve bloquear auxílios financeiros adicionais para a Grécia, a menos que o país cumpra as condições estabelecidas em pacotes de ajuda anteriores, disse Michael Fuchs, vice-presidente da coalização de governo da Alemanha, composta pelos partidos CDU e CSU, ao jornal alemão Handelsblatt.

A entrevista, que teve apenas um trecho liberado, deve ser publicada na íntegra hoje. Segundo ele, a Alemanha "fará uso de seu poder de veto" no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), caso avalie que a Grécia não cumpriu as condições exigidas para a concessão de auxílio.

"Mesmo se o copo estiver meio cheio, não é o suficiente para um novo pacote de ajuda financeira", alertou, acrescentando que a Alemanha "atingiu os limites de sua força". Fuchs disse ainda esperar que "o governo grego saberá o que fazer se não estiver em condições de atender às exigências de reestruturação". / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS