Título: Líderes das mobilizações recebem os salários mais altos
Autor: Tosta, Wilson
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/08/2012, Nacional, p. A4

Os sindicalistas que se notabili­zam no movimento de greve e paralisações pelo País estão en­tre os que recebem os salários mais altos no conjunto dos servidores públicos da União. É o ca­so, por exemplo, dos delegados da Polícia Federal.

O vice-presidente da associa­ção nacional que representa a ca­tegoria, Guilherme Bezerra, re­cebe por mês R$ 21,8 mil brutos, segundo informações do Portal da Transparência. Um iniciante na carreira parte dos R$ 13,3 mil, de acordo com o edital de con­curso público deste ano.

Já os auditores fiscais da Re­ceita Federal que ingressam ho­je na profissão começam ga­nhando R$ 13,6 mil. O presiden­te do sindicato que luta por reajustes salariais dessa classe, Pedro Delarue, recebeu brutos no mês de junho, R$ 19,4 mil, incremento conquistado com seu tempo de exercício.

Analistas do Banco Central também dispõem de remunera­ção desejada por boa parte do funcionalismo público. Um recém-concursado tem salário ini­ciai de aproximadamente R$ 13 mil, podendo superar considera­; velmente seus ganhos, assim co­mo fez o presidente do sindicato do Bacen, Sergio Belsito, que re­cebe R$ 20,5 mil brutos.

O líder. Foco de greve no Ministério da Agricultura, o rendimento inicial de um fiscal agropecuá­rio pode chegar hoje a cerca de R$ 10 mil. O líder número um do sindicato que defende a classe, Wilson Roberto de Sá, tem venci­mento de R$ 17,9 mil mensais.

Por fim, no Sindicato Nacio­nal dos Servidores das Agên­cias Nacionais de Regulação, que representa órgãos fundamentais como Anvisa, por exemplo, o vice-presidente do órgão sindical, Osvaldo Barbo­sa Ferreira Filho, recebe todo mês cerca de R$ 15 mil.