Título: Talvez tenha sido um mal entendido, argumenta Furtado
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/08/2012, Nacional, p. A12

O procurador-geral do Ministé­rio Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, negou ter acessa­do proposta sigilosa do leilão da BR-101 e disse que sua fala pode ter sido mal interpretada. Segun­do ele, a ideia era defender a con­tinuidade da licitação, a partir da desclassificação da primeira co­locada. Por consequência, isso levaria à avaliação dos documen­tos apresentados pela segunda.

"Talvez tenha sido um mal en­tendido. Apenas mencionei que havia a proposta da segunda. Não sei se me estendi na defesa, dizendo mais do que devia, para não levar à anulação da licitação como um todo", explicou. Para Furtado, há interesse público em que o processo seja mantido.

Furtado disse que só teve aces­so a informações que constam do processo. "0 que está em jo­go mesmo é a proposta da primei­ra. A proposta da segunda; nem vs. Não tive acesso."

Questionado pela reportagem sobre as "pressões" ao ministro José Múcio, que citou no plená­rio do TCU, Furtado respondeu: "Apenas ele me disse que está recebendo pressões num sentido e noutro, dos dois lados, o que é perfeitamente possível". Múcio nega ter sofrido pressões em re­lação a esse caso. / f.f. e i.d.