Título: O governador apostou em um projeto de enfrentamento
Autor: Leal, Luciana Nunes
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/09/2012, Nacional, p. A6

O senador Humberto Costa, médico e jornalista de 55 anos, reconhece que enfrenta uma campanha difícil. Foi secretário de Saúde do ex-prefeito João Paulo (PT), seu candidato a vice e secretário das Cidades do governador Eduardo Campos (PSB), que agora é seu adversário político. Ministro da Saúde do governo Lula, teve o nome envolvido no escândalo dos sanguessugas e em fraude na contratação de hemoderivados, mas o Ministério Público Federal concluiu que ele não teve participação no esquema.

Valeu a pena entrar na disputa pela prefeitura?

Com certeza. Assumi essa candidatura como missão partidária, um pedido do presidente Lula, da presidenta Dilma, mas também com o espírito de continuar um projeto que começamos em 2001.

Tinha expectativa de que houvesse unidade no PT?

Tinha convicção de unidade da Frente Popular. Depois que fui escolhido, o governador passou a alegar que o PT tinha brigado demais e lançou a candidatura do PSB. Apostou em um projeto de enfrentamento.

É difícil ser candidato do partido de um prefeito mal avaliado?

É difícil. O que vale é que uma parcela importante do eleitorado percebe a diferença: uma coisa é o PT, e outra coisa é ele (o prefeito João da Costa). Por um lado somos governo, então não posso fazer o discurso fácil da oposição.