Título: China e Índia devem superar G-7 em 2025, diz OCDE
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Fonte: O Estado de São Paulo, 10/11/2012, Economia, p. B26

A economia da China provavelmente vai superar a da zona do euro neste ano, a Índia vai ultrapassar o Japão e até 2030 as economias dos dois países asiáticos serão maiores do que a dos Estados Unidos, zona do euro e Japão juntos, afirmou ontem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em um exercício para avaliar tendências de longo prazo na economia global, a OCDE afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de China e Índia deve ultrapassar o do G-7 (grupo de economias ricas) por volta de 2025. A produção dos dois gigantes asiáticos em 2010 foi menos da metade do PIB do G-7.

As projeções da OCDE, um clube de democracias industriais, são baseadas no conceito de Paridade de Poder de Compra (PPP na sigla em inglês) de 2005.

Levando em consideração as taxas de câmbio do mercado, os mercados emergentes levarão um pouco mais de tempo para abocanhar a coroa - por exemplo, o Goldman Sachs avalia que o quarteto do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) vão superar o G-7 até 2037.

Asa Johansson, uma das autoras de Olhando para 2060: perspectivas de crescimento global de longo prazo, disse que o relatório apresenta um cenário hipotético em vez de uma projeção firme. Entretanto, Asa disse que a extensão da esperada mudança no poder econômico, saindo das mãos de países desenvolvidos, está começando.

Levando em conta os PPPs de 2005, a China e a Índia responderão por 28% e 11%, respectivamente, da produção das 42 principais economias até 2030, comparado com 18% dos Estados Unidos, 12%da zona do euro e 4% do Japão.

A OCDE calcula crescimento global de 3% por ano nos próximos 50 anos, impulsionado principalmente - como no passado - por melhoras de produtividade e fortalecimento do capital humano Até 2020, a China terá a maior taxa de crescimento entre os países estudados, mas será ultrapassada pela Índia e pela Indonésia devido à rápida queda da população em idade de trabalho./ REUTERS