Título: Dirigente afirma que Rose teve participação secundária
Autor: Teixeira, Cristiane Vieira
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/12/2012, Nacional, p. A6

O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), disse ontem durante reu­nião do diretório nacional do partido que Rosemary Noro­nha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, teve um papel "abso­lutamente secundário" no es­quema de venda de pareceres desbaratado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Fede­ral. Rosemary foi indiciada por corrupção e tráfico de influên­cia na ação da PF.

"Está muito nítido, com o que se tem até então, que a pró­pria Rosemary tem papel abso­lutamente secundário", afir­mou Vargas. A operação da PF, segundo ele, não foi tratada no encontro. Ele disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser responsá­vel pelo que Rosemary fez. Foi o ex-presidente quem a indi­cou para o cargo quando ainda estava no Palácio do Planalto ela foi mantida durante a ges­tão Dilma Rousseff.

Surpresa. "Nenhum homem público pode, nem pessoa que está na atividade pública, é res­ponsável pelo que faz o seu as­sessor no exercício do manda­to, muito menos um ex-asses­sor", disse o secretário do PT.

Segundo ele, Rosemary Noro­nha, ao contrário do que che­gou a ser noticiado, não pediu proteção ao partido.

Vargas comentou ainda a afirmação do ex-presidente Lu­la, que, em viagem a Berlim, disse ontem não ter ficado "surpreso" com a operação que envolveu uma ex-auxiliar dele. Segundo o deputado, Lula não se surpreendeu porque a "Polícia Federal trabalha".

"Se tiver alguém cometendo equívoco, ou será a Polícia Fe­deral, ou será o Ministério Pú­blico (que vai investigar)" Para Vargas, a PF não é seletiva, e investigou, desde o governo Lu­la, PT, PMDB e PSDB.