Título: Você é ético ou nao é, diz candidata ‘independente
Autor: Madueño, Denise ; Leal, Luciana Nunes
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/01/2013, Nacional, p. A5

A peemedebista Rose de Frei­tas (ES), que se lançou à dispu­ta do comando da Câmara dos Deputados como "independen­te", afirma que "honestidade e ética são obrigações". "É como tatuagem", compara a candida­ta, num momento em que o colega de partido e favorito na eleição da Mesa Diretora, Hen­rique Eduardo Alves (RN), en­frenta denúncias de irregulari­dades na distribuição de emen­das. Atual vice-presidente da Casa, ela não comenta direta­mente os casos envolvendo Al­ves, mas afirma que, sem expli­cações convincentes, será in­sustentável mantê-lo no cargo, caso sua vitória se confirme. "Você é um político ético e mo­ral ou não é", afirma ela.

As suspeitas de irregularida­des envolvendo o líder do PMDB comprometem a candidatura de­le à presidência da Câmara?

Ele é um político e tem de dar explicações. Proponho uma mudança que não prescinde da ética e da moral. Espero que ele consiga fazer sua defesa. Eu quero mudar o ritmo da Casa. Fazer com que ela seja mais ágil. Hoje, apenas um petit co­mitê manda, tira e põe quem quiser dentro do processo.

As suspeitas de irregularida­des envolvendo seu adversário aumentam sua disposição na dis­puta, principalmente se a bandei­ra for a ética e a moralidade?

Primeiro, a bandeira da ética não existe. Você é um político ético e moral ou não é. Digo que o parlamento tem de ser ágil, eficiente e se conduzir pe­la ética e ela moralidade. Repro­duzo no parlamento a forma como me conduzo na vida. Éti­ca e moral não são pré-requisi­tos, são obrigações. São como uma tatuagem, está ali. Não tem nem de pensar. A honesti­dade e a ética são obrigações.

Caso Henrique Alves seja elei­to, como ficará a imagem da Câ­mara dos Deputados?

Se ele não comprovar sua ino­cência, é evidente que a Casa sairá desgastada. Houve no pas­sado episódio parecido com esse e, depois, ficou insustentá­vel (a permanência do parlamen­tar). Ele tem o direito da dúvi­da. Ele terá de explicar, porque também fica ruim para as pes­soas que o apoiam. Tem de ali­cerçar direito, senão as conse­quências serão maiores, /d.m.