Título: Governo mantém distância atenta
Autor: Madueño, Denise ; Leal, Luciana Nunes
Fonte: O Estado de São Paulo, 18/01/2013, Nacional, p. A5

O Planalto procura se manter distan­te da disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. Pelo discur­so oficial, Henrique Eduardo Al­ves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB- AL) respondem por eles, mesmo sendo os candidatos preferidos. A determinação de Dilma Rousseff, a exemplo do que aconteceu no julgamento do mensalão, é de que os mi­nistros fiquem longe de polêmicas, deixando claro de que há uma "separação de poderes".

O governo sabe, porém, que eleição para a presidência da Câmara pode ser sempre uma surpresa. A lição da eleição de Severino Caval­canti (PP), em 2005, quando um racha no PT resultou na maior derrota do governo Lula no Congresso, sempre domina as conversas e os temores de assessores palacianos. Ainda mais quando se sabe que parte do tiroteio a que Alves está sendo submetido é "fogo ami­go", ou seja, parte do próprio PT e de alas descontentes do PMDB.