Título: Maduro muda chanceler e diz que Chávez governa
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Fonte: O Estado de São Paulo, 16/01/2013, Internacional, p. A13

Presidente está consciente em Cuba e sabe da situação política em seu país, afirma vice-presidente, que ontem se reuniu com líder opositor

O ex-vice presidente venezuelano Elias Jaua foi nomeado ontem o novo ministro das Relações Exteriores do país. Ele substituirá o vice-presidente Nicolás Maduro, que acumulava as duas funções desde outubro. Em dezembro, Jaua foi derrotado pelo líder da oposição Henrique Capriles na disputa pelo governo do Estado de Miranda.

"O presidente Hugo Chávez acabou de designar o companheiro Elias Jaua como o novo chanceler", disse Maduro. Chávez, que se recupera em Cuba há 35 dias da quarta cirurgia contra um câncer pélvico, não aparece nem dá declarações em público desde que viajou para Havana.

Ainda de acordo com Maduro, o líder bolivariano tem sido atualizado lentamente de assuntos de governo. Chávez teria sido informado por ministros que o visitaram em Havana segunda-feira de como andam projetos de suas respectivas áreas.

"O comandante (Chávez) está se recuperando e isso nos enche de felicidade, do ponto de vista humano e pátrio", disse Maduro. "A verdade é que ele está lutando. Encontramos com ele ontem e o atualizamos de como o povo está avançando e o governo está consolidando os passos do poder popular nessa nova etapa da revolução."

De acordo com Maduro, Chávez perguntou aos ministros e colaboradores próximos detalhes de cada área do governo.

Maduro voltou de Cuba ontem com os ministros do Petróleo do país, Rafael Ramírez, da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreazza, além do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Ca-bello, e da procuradora-geral, Cilia Flores.

As declarações foram feitas após um breve encontro do vice-presidente com o líder da oposição Henrique Capriles que provavelmente disputaria com Maduro a presidência em uma nova eleição. Os dois trocaram um cordial aperto de mãos, durante um evento do Conselho Federal de Governo, órgão que reúne governadores e prefeitos venezuelanos.

/AFPe REUTERS