Título: Governo faz roadshow em busca de investidores
Autor: Otta, Lu Aiko
Fonte: O Estado de São Paulo, 04/02/2013, Economia, p. B1

Fazenda e Casa Civil vão apresentar em São Paulo, Londres e Nova York opções de negócios nos projetos de infraestrutura

O governo começa amanhã, por São Paulo, um roadshow que pas­sará por Londres e Nova York para vender os projetos em in­fraestrutura. Liderados pelo mi­nistro da F azenda, Guido Mantega, e pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, os técni­cos do governo vão vender um leque de opções de investimen­to. A expansão de rodovias, ferro­vias, portos e aeroportos vai demandar recursos da ordem de R$ 200 bilhões nos próximos anos. Serão oferecidas também oportunidades em petróleo, gás e energia elétrica e eólica.

Além da possibilidade de inte­grar consórcios que explorarão os novos serviços concedidos, os investidores internacionais poderão optar por compor os fundos privados que vão finan­ciar parte dos projetos.

As linhas de crédito dos ban­cos oficiais vão cobrir de 65% a 80% do valor do negócio. O res­tante terá de vir do setor priva­do. Poderão ainda investir em debêntures de infraestrutura.

O momento de baixo dinamis­mo da economia mundial devera ajudar o governo brasileiro. A avaliação é que há muita liquidez disponível e poucas opções com taxa de retorno interessantes. Os projetos em logística prometem ganhos de 6% ao ano.

Os recursos estrangeiros aju­darão a formar o mix de fontes de recursos para os projetos em infraestrutura. Das instituições oficiais, os concessionários de rodovias e ferrovias terão à dis­posição linhas de empréstimo que custarão a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmen­te em 5%, mais um juro anual de até 1,5% (rodovias) e até 1% (fer­rovias).

Os prazos de amortização são de 20 anos (rodovias) e 25 anos (ferrovias).

Há duas semanas, o governo criou outra opção de emprésti­mo: as linhas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), que podem ser oferecidas taxas de 3% a 3,5% ao ano, mas só há R$ 15 bilhões disponíveis para a infraestrutura. Assim, os em­preendedores terão de recorrer a um mix de financiamento. /L.A.O.