Título: Governo nega favorecimento a emissora
Autor: Kattah, Eduardo ; Portela, Marcelo
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/02/2013, Nacional, p. A10

O governo mineiro negou qual­quer favorecimento à Rádio Ar­co íris. Questionado sobre o va­lor repassado à emissora entre 2003 e 2010, o Executivo alegou que não seria possível informar o montante "tendo em vista a dis­tância no tempo e o fato de docu­mentos se encontrarem arquiva­dos" juntos de cerca de 500 mil outros relativos aos repasses fei­tos às agências de publicidade en­carregadas dos pagamentos de "centenas de veículos".

A Secretariad e Govemo de Mi­nas afirmou que os pagamentos feitos pelas agências à rádio se­guiram os mesmos critérios utili­zados para definição de investi­mentos em outras cerca de 300 emissoras do Estado. Disse que a emissora nunca foi beneficiária de "nenhum tipo de patrocínio". O governo salientou que a emis­sora, "líder do segmento jo­vem", solicitou sua retirada do plano de mídia do govemo "para evitar o uso político-eleitoral".

Em nota, o PSDB de Minas afir­ma que a representação dos depu­tados tenta usar o MP estadual "com intuito de gerar falsas acusações contra o governo de Minas Gerais e caluniar o senador Aécio Neves". Afirmou que não cabe a apropriação das atividades do ór­gão "para finalidade político-partidária" e que "causou estranheza a iniciativa atípica de um promotor, fugindo ao rito da instituição, de reabrir uma ação já investigada e concluída pelo mesmo Ministério Público". Na nota o PSDB não cita o promotor João Medeiros, mas cobra conclusões de representa­ções feitas na Promotoria contra o deputado Rogério Correia.

"O que nós queremos é respos­tas para a denúncia que fize­mos", reagiu o petista. Medeiros disse que as representações fo­ram distribuídas para uma pro­motora e não tinha informações sobre o andamento do caso.

Aécio não comentou. Andréa Neves, que consta como sóda administradora da rádio, também não quis falar sobre o assunto.