Título: Relógio de ponto para doméstica
Autor: Álvares, Débora
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/04/2013, Economia, p. B8

Produto para residência deve custar R$ 1 mil

A nova lei que amplia os direitos dos trabalhadores, domésticos está causando muitas dúvidas em relação a como controlar a jornada de trabalho, que agora deve ser de até oito horas diárias e no máximo 44 horas semanais. As horas extras devem ser pagas com adicional de 50%.

A procurapor relógios de marcar ponto cresceu, mas os equipamentos existentes no mercado só servem para empresas com mais de 50 funcionários. A procura foi tanta que a Dimep, maior fabricante de relógios do País, resolveu adaptar um equipamento para residências. O relógio chega às lojas nos próximos dias e permite controlar a jornada de até dez funcionários.

"Resolvemos explorar esse novo segmento de mercado quando percebemos um grande número de consultas de clientes aos nossos revendedores", explica Antonio Dias Vicente, diretor comercial da Dimep.

Ele explica que a empresa adaptou um equipamento já homologado para ganhar tempo. O menor relógio de ponto que a companhia fabricava era para empresas com mais de 50 funcionários. O equipamento custava de R$ 1,7 mil a R$ 2 mil.

Com a adaptação, o relógio para residências deve custar em torno de R$ 1 mil. O relógio registra os horários de entrada e saída e emite um tíquete para o empregado. Todos os registros ficam guardados na memória à disposição do patrão, para uso em eventuais processos trabalhistas.

Relação profissional. O relógio de ponto não pode ser compartilhado entre patrões que morem em um mesmo edifício ou condomínio, pois é necessário um CPF por empresa, segundo a lei.

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Equipamentos de Registro de Ponto (Abrep), Dimas de Melo Pimenta III, acredita que a nova lei vai provocar uma mudança cultural no País. aNos próximos anos, o relógio de ponto poderá ser um acessório comum nas cozinhas brasileiras", diz. "A vantagem é um controle imparcial de horários que deve contribuir para uma relação mais profissional entre patrões e empregadas domésticas." / C.S.