Título: Após vazamento de óleo, Chevron volta a operar no campo de Frade
Autor: Torres, Sergio ; Frotife, Célia
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/04/2013, Economia, p. B1
Após um ano sem produção de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos (litoral do Estado do Rio), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a Chevron a voltar a operar a área. O campo teve a produção suspensa em março de 2012, após vazamentos de óleo. A Petrobrás é parceira da Chevron no campo, o oitavo maior em termos de produção até janeiro de 2012.
A Chevron informou em nota que as preparações para a retomada da produção “irão começar em breve, seguindo todos os procedimentos de segurança”.
O primeiro vazamento ocorreu em novembro de 2011. Segundo a ANP, foram 3.700 barris de petróleo, a 120 km da costaflumi- nense. Seguindo a decisão da ANP, em dezembro daquele ano, a Chevron paralisou a produção de um poço e suspendeu a reinjeção de água em quatro poços do campo.
Um novo afloramento de óleo foi registrado após algumas semanas e, em março de 2012, a Chevron suspendeu a produção total, que na época estava em 61.500 barris por dia.
A ANP multou a petroleira em R$ 50 milhões, mas a Chevron recebeu um desconto de 30% por não entrar com recurso, desembolsando R$ 35 milhões em setembro passado.
Agora, a ANP autorizou a Chevron a retomar a produção em quatro poços por um período de 12 meses e de outros dois poços “enquanto sua atividade for ne- cessáriaparaagarantia do escoamento da produção e da segurança das operações", por um período de dois meses.
A ANP também determinou à Chevron que sejam apresentados relatórios quinzenais de acompanhamento e interpretação da variação de pressão dos poços, para monitorar os riscos de alteração das condições dos reservatórios.
A agência condicionou a retomada parcial da produção à revisão, pela Chevron, do termo de compromisso de redução de queima de gás natural. O gás, extraído associado ao óleo, voltará a ser queimado com o retorno parcial da produção.
Também foi suspenso o processo administrativo contra a Chevron por 12 meses. A Chevron tem 51,74 % de participação no Campo Frade. Outros parceiros são a Petrobrás (30%) e a Frade Japão Petróleo Ltda., uma jointventure com a Inpex, Sojitz e Jogmec (18.26%).