Título: GENOINO NEGA INCHAÇO MAS ADMITE QUE É POSSÍVEL REDUZIR CARGOS DE CONFIANÇA
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Fonte: O Globo, 19/04/2005, O País, p. 4

PSDB e PFL acusam governo petista de criar cargos em excesso e terceirizar

BRASÍLIA. Governo e oposição travaram ontem uma guerra de acusações e desmentidos sobre denúncias feitas pelos tucanos de que o governo petista teria aumentado em 52,3% o número de servidores terceirizados na administração direta e em 84% o quadro de servidores não concursados. Em defesa do governo, o presidente do PT, José Genoino, negou que a administração Lula tenha inchado a máquina, mas reconheceu que há espaço para reduzir os cargos de confiança. Parlamentares do PSDB e do PFL partiram para o ataque, sustentando que os números comprovam o inchaço.

A deputada Yeda Crusius (PSDB-RS) enviou há 20 dias requerimento de informações a todos os ministérios sobre o número de cargos preenchidos sem concurso e cargos terceirizados. Ela disse que os petistas mentem com a ¿maior cara dura¿ quando negam o inchaço da máquina pública:

¿ Assim que eu tiver esses números, vou provar que a expressão nepotismo é a marca do governo Lula: a máquina inchou com a companheirada, o serviço público piorou e a terceirização aumentou. Todo mundo que perdeu cargo importante nos estados, em função das derrotas petistas nas prefeituras, mudou-se para Brasília, tem cargo comissionado e mora em apartamentos funcionais.

Genoino nega que número de servidores aumentou

Genoino atribuiu o aumento do número de funcionários não-concursados à terceirização que teria sido feita pelo governo passado. Segundo ele, o governo Lula teve que fazer contratações sem concurso para manter a máquina funcionando, mas negou que o número de servidores tenha aumentado. Disse ser possível, porém, reduzir o número de cargos comissionados:

¿ Defendo a redução de cargos em comissão. O aumento no número de funcionários não concursados foi porque havia no governo anterior uma terceirização e o uso pelo poder público de consultorias, tudo de forma privada, às avessas. Tivemos de realizar essas contratações para manter a máquina em funcionamento e garantir funções essenciais do Estado. Não é verdade que o governo Lula tenha inchado a máquina.