Título: NO SÉCULO PASSADO, OUTROS PLANOS
Autor: Lydia Medeiros
Fonte: O Globo, 15/05/2005, O País, p. 10

BRASÍLIA. Antes de começar os estudos para o projeto Brasil Três Tempos, o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República levantou as experiências do Brasil na área de planejamento estratégico. Não foram poucos os planos apresentados pelos governos no século passado.

No governo Getúlio Vargas, durante a Segunda Guerra, houve planos que resultaram na criação da Companhia Siderúrgica Nacional, com auxílio dos EUA. No governo Eurico Gaspar Dutra (1956-1950), no pós-guerra, foi lançado o Plano Salte (saúde, alimentação, transportes e energia), um programa de gastos públicos.

O Plano de Metas, de Juscelino Kubitschek, representou um avanço significativo ao identificar os setores que precisavam de investimento. Apesar do progresso, com a construção de Brasília e o desenvolvimento do setor industrial, o plano aumentou os índices de inflação, tema constante nos planos seguintes.

Com a ditadura, numa situação de estagnação econômica e inflação, o planejamento ganhou destaque. Primeiro, com o Plano de Ação Econômica do Governo, que criou instrumentos de política econômica, organizou o Estado e implementou reformas institucionais. São do período também os planos de Ação Econômica I e II, que deram ênfase à infra-estrutura, com destaque para a construção da usina de Itaipu.

Desde a Constituição de 88, o principal instrumento de planejamento é o Plano Plurianual, que dá as diretrizes para a lei orçamentária.