Título: LUCRO DO BANCO DO BRASIL CRESCEU 56,7% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO
Autor: Aguinaldo Novo
Fonte: O Globo, 17/05/2005, Economia, p. 23
Com aumento de empréstimo e juros altos, ganho ficou em R$965 milhões
SÃO PAULO. O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido de R$965 milhões no primeiro trimestre deste ano, 56,7% a mais do que no mesmo período de 2004, embalado pelo aumento dos empréstimos e as altas taxas de juros que beneficiaram todo o setor bancário. O resultado corresponde a uma rentabilidade anualizada de 29,3%, contra 21,3% há 12 meses. O BB foi o quinto grande banco de varejo a fechar seu balanço no trimestre. Juntos, Bradesco, Itaú, Unibanco, Banespa e BB ganharam R$4,04 bilhões, contra R$2,7 bilhões de janeiro a março de 2004.
Considerando também as operações no exterior, a carteira total de crédito do BB chegou a R$93,263 bilhões em março, com alta de 17,1% em relação a 2004. No trimestre, a variação foi de 5,1%. Como reflexo, as receitas com empréstimos aumentaram 8,3%, chegando a R$4,546 bilhões.
As operações de crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) apresentaram crescimento de 125% desde março de 2004, com o saldo passando de R$800 milhões para R$1,8 bilhão. Em abril, foram liberados mais R$200 milhões, o que levou a instituição a projetar uma demanda de até R$4,5 bilhões neste ano, para uma meta inicial de R$3,5 bilhões.
Empurrado justamente pelo empréstimo consignado, o BB projeta crescimento entre 27% e 30% para a carteira de crédito no segmento de varejo, contra 25% no ramo de grandes empresas e de 15% a 18% para pequenas e médias companhias. O presidente do BB, Rossano Maranhão Pinto, minimizou o risco de alta da inadimplência, garantindo que o banco teve tempo para se preparar.
Perguntado sobre os juros cobrados, ele disse que a instituição adota taxas alinhadas com as do mercado, mas, na média, menores do que as dos concorrentes. Maranhão ressaltou que a busca pelo lucro não afetou a preocupação do banco com projetos sociais.
- O BB é um banco competitivo e tem de perseguir o aumento do lucro. Temos ações em bolsa e, em última instância, os acionistas são os próprios brasileiros.
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