Título: Lula chega hoje à Coréia para fechar negócios
Autor: Cristiane Jungblut
Fonte: O Globo, 23/05/2005, O País, p. 9
SEUL (Coréia do Sul). A comitiva oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita que começa hoje à Coréia do Sul e ao Japão foi ¿esvaziada¿ dos ministros políticos do governo. Apenas os ministros da área econômica embarcaram ontem com Lula, que chega hoje à Coréia do Sul e na quinta-feira segue para o Japão. Os chamados ministros políticos foram convocados pelo Palácio do Planalto para ajudar na mobilização para evitar a instalação da CPI dos Correios.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB), e o do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), ficaram em Brasília. O mesmo ocorreu com o ministro da Casa Civil, José Dirceu. Seu nome chegou a ser incluído na lista do Itamaraty, mas ele desistiu da viagem no fim de semana. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, cuja presença era considerada certa pelo menos para o trecho do Japão, também não viajou.
Na viagem de cinco dias à Coréia do Sul e ao Japão, Lula está acompanhado dos ministros da Fazenda, Antonio Palocci; das Relações Exteriores, Celso Amorim; do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan; da Agricultura, Roberto Rodrigues; e da ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff; além dos governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), e do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB).
Café da manhã com empresários
O presidente Lula terá na Coréia uma maratona de dois dias de encontros com grandes investidores e empresários do país. Segundo o embaixador do Brasil na Coréia, Pedro Paulo Assumpção, o governo quer mostrar que o país é um lugar ideal para que as grandes empresas coreanas, como Samsung, a siderúrgica Posco ou a montadora de automóveis Hyundai, instalem plataformas industriais. Além de participar amanhã do seminário ¿Brasil-Coréia: Oportunidades de investimentos¿, Lula terá um café da manhã na quarta-feira com um seleto grupo de empresários.
¿ Queremos que o Brasil seja visto na Coréia como um local para instalação de plataformas industriais de produtos destinados inclusive à exportação. As autoridades coreanas elegeram o Brasil como um país de aproximação e aprofundamento das relações econômica e política ¿ disse Assumpção.