Título: ONGS APÓIAM E PEDEM CONTINUIDADE
Autor: Rodrigo Rangel
Fonte: O Globo, 03/06/2005, O País, p. 4
Ambientalistas dizem que há esquemas semelhantes em outras atividades
A operação Curupira foi recebida com entusiasmo por ambientalistas, mas as organizações não-governamentais ligadas à defesa do meio ambiente afirmam que as investigações devem se aprofundar em outros estados e se estender a outras atividades.
- É satisfatório ver o empenho do governo em combater a corrupção nos órgãos públicos e também atacando empresas que integram o esquema. Mas a indústria de concessão das Autorizações de Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) ilegais não se limita à atividade madeireira, espalha-se por toda a cadeia produtiva - disse Adriana Ramos, coordenadora do Instituto Socioambiental.
Para o diretor da ONG Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, a repercussão do aumento do desmatamento na Amazônia forçou o governo a agir:
- Os recentes dados do desmatamento ajudaram o governo a encontrar a vontade política de prender parte daquela máfia verde que todos conheciam, com duas ou três exceções.
O Greenpeace afirma que o funcionário do Ibama Randolf Zachow, preso na operação Curupira, foi denunciado pela ONG em 2001 por tentar liberar, "sem conhecimento de seus superiores, mogno brasileiro ilegal apreendido nos Estados Unidos".
"A corrupção envolvendo madeireiros e funcionários públicos no Mato Grosso não são é um caso isolado. A Polícia Federal e o Ibama devem estender esse tipo de investigação para outros estados, diz a nota do Greenpeace.