Título: EMPRESÁRIOS: DENÚNCIAS NÃO AFETAM A ECONOMIA
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Fonte: O Globo, 15/06/2005, O País, p. 11
'O país não pode desperdiçar este momento favorável', afirma representante do setor
SÃO PAULO. Empresários paulistas ouvidos pelo GLOBO disseram não acreditar que o depoimento de Roberto Jefferson possa contaminar a economia do país. Para o presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, a crise provocada pelas denúncias não pode prejudicar o momento econômico favorável.
- As reações a esta crise têm que ser positivas. Não se pode imaginar uma paralisia da economia. O país não pode desperdiçar este momento favorável para o desenvolvimento - disse o empresário.
O presidente do Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp), Claudio Vaz, afirma que é difícil prever o futuro, mas que, até o momento, não viu indícios de que a crise pode afetar a economia:
- Nunca se sabe o dia de amanhã, mas até o momento não há qualquer novidade. A hipótese de que a crise política afete a economia é possível, mas não há nenhum indício.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), Walter Machado de Barros, o depoimento de não provocará guinadas na condução das políticas econômica, fiscal ou monetária. A austeridade, segundo ele, é o caminho que resta, para manter a credibilidade do país:
- Contando com a habilidade do governo em administrar a crise política e os índices de inflação em baixa, julgamos que o Banco Central não aumentará a Selic, mantendo-a estável também em julho, para então começar a curva de queda a partir de agosto ou até mesmo em setembro.