Título: Saiba mais sobre a revista
Autor: Chico Otavio
Fonte: O Globo, 22/10/2004, O país, p. 3

Publicada pela Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), a ¿Science¿ é uma das mais importantes e antigas revista científicas do mundo. Junto com a britânica ¿Nature¿ ela é uma espécie de bíblia da ciência mundial. Semanal, ela tem uma média de 740 mil leitores por edição.

Trata-se de um público altamente selecionado, composto por cientistas, gestores de políticas públicas dentre outros. Além disso, os artigos e estudos publicados pela revista americana quase sempre se tornam tema de reportagens em revistas, TVs e jornais do mundo inteiro.

Os estudos que a ¿Science¿ publica são selecionados por especialistas e editores renomados de cada área, num processo chamado de revisão por pares. Embora esse processo seja padrão em qualquer revista científica que se preze, a publicação na ¿Science¿ é disputadíssima.

A cada ano, a revista recebe dez mil estudos para avaliação. Só uma pequena parcela deles, porém, é aceita para publicação. Em média, somente um em cada 12 estudos de alta qualidade oferecidos à revista é publicado.

Para um pesquisador, a publicação numa revista científica é condição básica para que seu estudo tenha validade. Ela dá garantia de que ele passou pelo crivo de especialistas da área e, por isso, tem qualidade. Foram anunciadas nas páginas da ¿Science¿, por exemplo, descobertas sobre genoma humano, Aids, células-tronco, superpneumonia, clonagem, mudanças climáticas, dentre outros temas de grande destaque.

Porém, o artigo ¿O Quebra-Cabeças Nuclear do Brasil¿, de Liz Palmer e Gary Milhollin, da ONG Wisconsin Project on Nuclear Arms Control, foi publicado na seção chamada Forum Político, dedicada a textos opinativos e não a estudos científicos. Todavia, o impacto do texto é o mesmo dos demais temas abordados pela revista.