Título: RURAL E BMG DIZEM QUE INVESTIMENTOS SÃO REGULARES
Autor: Flávia Ribeiro
Fonte: O Globo, 10/07/2005, O País, p. 3

Para fundos de pensão, não houve favorecimento aos bancos nas operações

O BMG e o Banco Rural alegaram respeito ao sigilo bancário para não se pronunciar sobre as operações com os fundos de pensão da Petrobras e de Furnas. Por meio da assessoria de imprensa, o BMG disse apenas que as aplicações ¿são regulares e compatíveis¿. Já o Rural informou que ¿os recursos oriundos de investidores institucionais representam apenas 13% da carteira de depósitos a prazo¿. O banco afirma, em nota, que ¿a análise da carteira, que está protegida pelo sigilo bancário, prova que não há qualquer favorecimento político¿ à instituição.

A Fundação Real Grandeza disse apenas que suas demonstrações financeiras são públicas. A Petros, por sua vez, negou que haja favorecimento ou concentração de investimentos nas instituições. Também por escrito, a fundação afirmou que ¿os FIDCs estão dentro da política de investimentos da Petros, cuja estratégia básica é diversificar a carteira de ativos, mitigando o risco e otimizando a rentabilidade¿.

Desde janeiro de 2004, a Petros já aprovou 11 FIDCs. Os fundos do Banco Rural e da Bancoop têm rating AA (baixo risco para longo prazo). O FIDC do BMG tem classificação AAA (também de baixo risco para longo prazo e grau de investimento). As três aplicações, informou a fundação, representam 0,46% de seu patrimônio total.

Em 30 de junho de 2005, as cotas dos dois fundos geridos pelo BMG valiam R$78,1 milhões; as do Rural, R$24,5 milhões; e as da Bancoop, R$11,5 milhões. A Cooperativa Habitacional dos Bancários informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que seu fundo foi avaliado pela consultoria Deloitte Touche Tohmatsu do Brasil.