Título: DE ARTISTA A VENDEDORA
Autor: Carlos Orletti/Ronaldo D"Ercole/Giuliano Ventura/
Fonte: O Globo, 14/07/2005, Economia, p. 23

Megaempresária queria ter ateliê

Eliana Tranchesi queria ser artista plástica e abrir um ateliê de litogravura, mas começou a trabalhar na loja da mãe, Lucia Piva de Albuquerque, porque precisava ganhar dinheiro para apoiar o marido: era recém-casada com o cardiologista Bernardino Tranchesi, que seguia carreira acadêmica. Acabou descobrindo que gostava do ofício. Em 1983, com a morte da mãe, assumiu a direção da loja.

Em 1990, a abertura do país aos importados levou Eliana à Europa, para convencer grifes internacionais a virem para o Brasil. Em 1997, trouxe a Chanel, que hoje funciona na Daslu, a única loja da marca francesa na América do Sul. Em seguida, percebendo o filão da moda masculina, criou a Daslu Homem.

Separada, com 49 anos e três filhos, acorda cedo, faz ginástica em casa e chega ao trabalho às 11h. Na loja, a loura Eliana, de jeans, pelerine e escarpim, se confunde com o perfil de sua consumidora.

Legenda da foto: ELIANA: EM 97, ela trouxe a Chanel ao país