Título: OPERAÇÃO ESMAGA PIRATARIA DE TÊNIS NO CAMELÓDROMO DA URUGUAIANA
Autor: Ana Claudia Costa
Fonte: O Globo, 20/07/2005, Rio, p. 18

Milhares de pares falsificados são apreendidos em mais de 30 boxes

Milhares de pares de tênis falsificados da Nike foram apreendidos ontem no camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro, durante uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM). Ao todo, 30 policiais participaram da ação, que começou por volta das 6h, quando os boxes ainda estavam fechados. Com mandados de busca e apreensão, a polícia arrombou cadeados e encontrou em mais de 30 boxes a mercadoria pirateada. O material recolhido foi levado para a sede da delegacia em dois caminhões, cinco carros da polícia e três Kombis.

Segundo o delegado titular da DRCPIM, Marco Aurélio Ribeiro, as investigações para identificar os boxes no camelódromo que vendiam tênis piratas começaram em junho. No camelódromo, um catálogo confeccionado na China, com a descrição de todos os tipos de solados de tênis, chamou a atenção da polícia: quando o cliente estava interessado num produto não encontrado num boxe, podia encomendá-lo. Com os camelôs era possível comprar, por R$150, a versão falsificada de um tênis que, nas lojas, com garantia do fabricante, custa R$600.

Para se certificar de que os tênis sendo vendidos nos boxes eram piratas, policiais levaram peritos e representantes do fabricante. As diferenças entre os produtos falsificados e os originais estavam na etiqueta, no acabamento e na costura.

Segundo as investigações, a maioria dos tênis falsificados é fabricada em Minas e Goiás. Os que não são fabricados nesses estados vêm da China. O delegado Marco Aurélio disse que pedirá à prefeitura a identificação dos permissionários dos boxes. Eles responderão a inquérito por falsificação de marcas, crimes tributários e contra o consumidor, além de formação de quadrilha.

Legenda da foto: DURANTE a blitz, um policial compara um tênis falsificado com o seu