Título: CLARO DE OLHO NA VICE-LIDERANÇA
Autor: Mirelle de França
Fonte: O Globo, 22/07/2005, Economia, p. 27

Grupo investe R$ 400 milhões para atuar em Minas

SÃO PAULO. O presidente da Claro, Luis Cosío, afirmou ontem que a empresa pode voltar a ocupar a vice-liderança no mercado de telefonia celular ainda no segundo semestre. O que levaria a companhia a recuperar a posição - perdida para a TIM no primeiro trimestre deste ano - é a entrada em operação em Minas Gerais, prevista para o início de agosto. Os números mais recentes colocam a Claro no terceiro lugar, com 14,3 milhões, pouco atrás da TIM, com 14,7 milhões, e bem distante da Vivo, que acumula 28 milhões de usuários. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o número de celulares em operação no país soma 75,5 milhões. O executivo da operadora ressaltou, porém, que esta não é uma preocupação da empresa:

- Não estamos buscando isso (o segundo lugar), embora continuar a crescer esteja nos nossos planos. Não estamos brigando por isso, mas por melhor cobertura, oferta de serviços e qualidade. Mas é claro que isso pode acontecer a partir da nossa entrada em Minas Gerais.

A entrada no mercado mineiro representará um investimento de R$400 milhões da operadora, que adquiriu licença em setembro do ano passado. Com isso, faltarão para a Claro apenas operações em quatro estados: Maranhão, Pará, Amazonas e Roraima. O setor especula, no entanto, que a entrada da Claro em Minas Gerais aconteça, na verdade, via aquisição da Telemig, que tem entre os sócios o Grupo Opportunitty. Neste caso, a empresa teria de devolver a licença à Anatel.

Cosío anunciou ainda a entrada em operação de um novo serviço: o acesso à internet banda larga via wi-fi (sem fio), a partir de agosto. O serviço vai permitir que o usuário acesse e-mails em pontos como aeroportos, shoppings e restaurantes, acoplando uma placa ao notebook, palmtop ou ao próprio celular. Além disso, a operadora vai ampliar a cobertura de banda larga Edge, tecnologia equivalente à chamada terceira geração do celular, que também permite acesso à rede mundial de computadores.

(*) A repórter viajou a convite da Claro