Título: BAIXA CALORIA TEM ITENS COM PREÇO 6 VEZES MAIOR
Autor: Fabiana Ribeiro
Fonte: O Globo, 24/07/2005, Economia, p. 30

Valor cairá com avanço do consumo

Os produtos light e diet são, em geral, de 15% a 25% mais caros do que seus similares convencionais. Mas o consumidor enfrenta muitas exceções no supermercado. O preço do sal light, por exemplo, chega a ser seis vezes maior do que o valor médio do item tradicional.

Outro caso é o açúcar Stevia (500g), que sai por R$3,95 no Zona Sul. Ou seja, 259% mais caro do que o custo médio do quilo do açúcar (R$1,10).

Apesar da gigantesca diferença de preços, alguns consumidores não abrem mão dos artigos light. É o que indica estudo da Latin Panel: 89% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por alimentos mais saudáveis.

- No custo desses alimentos, há inevitavelmente o da tecnologia. Mas o consumidor está disposto a pagar mais e fica até feliz- disse Eduardo Ayrosa, professor de marketing da FGV.

- Só que o preço ainda é empecilho. Se os produtos fossem mais baratos, mais pessoas teriam acesso a uma alimentação mais saudável - pondera Sérgio Piagioli, diretor das Sendas.

Nem todos os produtos diet e light são mais caros do que suas versões tradicionais. Há casos em que o aumento de consumo permitiu a redução de preços. O Guaraná Antarctica (2 litros) custa R$2,29 no Zona Sul - diet ou comum. O mesmo acontece no caso da maionese Hellmann's, que é vendida a R$3,19 nas Sendas.

- Isso ocorre porque esses itens já são consumidos em massa - disse Carlos Gouvêa, presidente da Abiad, Associação Brasileira de Indústria de Alimentos Dietéticos e Para Fins Especiais. (Fabiana Ribeiro)