Título: PIB AMERICANO SOBE 3,4% NO TRIMESTRE
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Fonte: O Globo, 30/07/2005, Economia, p. 26

Economia dos Estados Unidos cresce mais de 3% pelo 9º período seguido

WASHINGTON. Apesar da alta dos preços do petróleo, a economia dos EUA vem resistindo bem. A atividade econômica do país cresceu robustos 3,4% no segundo trimestre, com consumidores e investidores mostrando que ainda estão dispostos a gastar. Esses números, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA, são uma nova evidência de que a economia americana retomou seu fôlego, após uma breve queda meses atrás. Analistas dizem ainda que o país deve ter bons resultados no segundo semestre.

O aumento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços do pais produzidos no período de um ano) no segundo trimestre acontece após um resultado de 3,8% nos três primeiros meses do ano. Trata-se do nono trimestre consecutivo em que a economia americana obtém crescimento acima de 3%.

- A economia está andando como um trem de carga. Os altos preços dos combustíveis são um problema menor do que se temia - disse Ken Mayland, presidente da ClearView Economics.

Para democratas, expansão só ajudou os mais ricos

Termômetro mais amplo da saúde econômica do país, o PIB americano somou, descontada a inflação, US$11,1 trilhões anualizados (o valor do PIB do segundo trimestre elevado à quarta potência). O secretário de Imprensa da Casa Branca, Scott McClellan, classificou o PIB divulgado ontem como um novo sinal de um sólido e sustentável crescimento econômico. Ele acrescentou que as políticas econômicas do presidente George W. Bush estão funcionando.

Os democratas argumentam, no entanto, que tais políticas ajudaram basicamente os ricos, ao passo que a classe média e o segmento mais pobre da população passam por dificuldades. O crescimento menor do PIB em relação ao primeiro trimestre se deveu, segundo analistas, à decisão de empresas de eliminar seus estoques.

Alguns economistas apostam que o resultado do terceiro trimestre deve ultrapassar os 4%. Isso ocorrerá caso seja confirmada a melhora no mercado de trabalho. Em junho, a taxa de desemprego caiu 5%.