Título: PIZZOLATO USA ATAQUE COMO ARMA DE DEFESA
Autor: Adriana Vasconcelos
Fonte: O Globo, 19/08/2005, O País, p. 12

BRASÍLIA. Ao depor ontem na CPI dos Correios, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que apareceu como responsável por saque de R$326 mil da conta da SMP&B Comunicação, de Marcos Valério, disse que o então secretário de Comunicação, Luiz Gushiken, reunia-se com dirigentes de fundos de pensão, entre eles o presidente da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil), Sérgio Rosa.

Pizzolato, ex-presidente do Conselho Deliberativo da Previ, afirmou que Rosa teria dito que foi alvo de pressões envolvendo "coisas de campanha" no segundo semestre de 2004. As pressões estariam ligadas à negociação para decidir se a Previ manteria sua participação acionária na Telemar ou na Telemig, controlada pelo grupo Opportunity e cliente da DNA Propaganda, de Marcos Valério. Rosa vem negando as acusações.

A opção entre a Telemar e a Telemig foi imposta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O motivo: a Anatel entende que uma mesma empresa não pode controlar duas operadoras que disputam mercado, o que seria prejudicial à concorrência. A Previ teria optado por permanecer no controle da Telemig.