Título: MEDIDA PROPÕE RECARGA DE BOTIJÕES
Autor: Monica Tavares e Patricia Eloy
Fonte: O Globo, 04/09/2005, Economia, p. 29

Consumidor poderia comprar apenas a quantidade desejada de gás

BRASÍLIA. Os consumidores poderão recarregar total ou parcialmente os botijões de gás de cozinha (Gás Liquefeito de Petróleo, o GLP) nos postos de combustível. Esta proposta foi apresentada pelo senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e vai ser analisada pela Comissão de Infra-estrutura do Senado. Para o senador, se aprovada, a medida reduzirá o preço do produto, porque haverá efetiva concorrência no setor.

O preço do botijão de gás de 13 quilos está custando em média R$29,26 no Rio de Janeiro. Ele equivale a 9,75% do salário-mínimo. De acordo com o senador, muitas vezes o trabalhador não tem como pagar esse valor.

¿ Será como abastecer um automóvel: o consumidor coloca quanto quer de combustível ¿ disse Sérgio Cabral.

Concorrência provocaria redução dos preços

Por ser usado para cozinhar alimentos, o GLP é comprado pela maioria dos 41 milhões de domicílios do país, 95% do total, diz o parlamentar, na justificativa do projeto de lei.

A forma de comercialização mais comum no país é em botijões de 13 quilos, e estima-se que existam mais de 70 milhões de vasilhames deste tipo no Brasil. Em estabelecimentos comerciais normalmente são utilizados vasilhames de 45 quilos de gás.

Segundo Cabral, como as distribuidoras dividem entre si o mercado e praticam preços que bem entendem, a ¿concorrência vai reduzir o preço barbaramente¿. Para ele, se os botijões forem vendidos nos postos de gasolina, será mais fácil o consumidor controlar a quantidade de gás vendida. O senador diz que nos EUA e no Canadá, onde o GLP é muito usado nas residências, o sistema de recarga em postos de gasolina funciona sem acidentes em número que justifique proibir o sistema.

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