Título: COMÉRCIO: VENDAS ESFRIARAM EM JULHO
Autor: Cássia Alameida e Wagner Gomes
Fonte: O Globo, 16/09/2005, Economia, p. 27

Emprego na indústria de SP subiu 0,15% em agosto, a menor alta do ano

RIO e SÃO PAULO. As vendas no varejo cresceram menos em julho. A alta de 0,31% em comparação ao mês anterior foi bem inferior ao aumento de 1,12% em junho, conforme divulgou ontem o IBGE. Três das quatro atividades acompanhadas pela Pesquisa Mensal de Comércio tiveram movimento menor em julho, com exceção do ramo de tecidos, vestuário e calçados. Na comparação com julho de 2004, as vendas continuaram em alta: 4,5%. No ano, a taxa acumulada é de 4,62% e, nos últimos 12 meses, de 6,34%.

As lojas de móveis e eletrodomésticos ¿ setor com o maior crescimento de vendas no ano (19,33%) ¿ começaram a ver o movimento cair. A queda em julho foi de 1,88%. Para Nilo de Macedo, técnico do IBGE, essa redução pode ser sinal de esgotamento da capacidade de o consumidor se endividar:

¿ O número de pessoas em condições de comprar a prazo pode estar caindo.

Indústria paulista abriu apenas 3.150 vagas

O recuo no setor de hiper e supermercados, de 0,80%, pode ser atribuído, na opinião de Macedo, a uma acomodação diante da alta expressiva no mês anterior (1,71%):

¿ Mas com a queda nos preços dos alimentos, as vendas podem voltar a subir.

Assim como as vendas no varejo, o número de vagas na indústria paulista pouco cresceu em agosto. Somente 0,15% frente a julho, com a abertura de 3.150 vagas, segundo dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Apesar da alta, essa foi a menor taxa registrada este ano. Em julho, o nível de emprego chegou a subir 0,81%.

(*) Do Globo Online