Título: ACAREAÇÃO TAMBÉM SOBRE VERBAS DA SECOM
Autor: Isabel Braga
Fonte: O Globo, 27/10/2005, O País, p. 5

Pefelista pretende confrontar versões de três testemunhas já ouvidas pela CPI dos Correios

BRASÍLIA. Uma nova acareação, desta vez na CPI dos Correios, poderá ocorrer. O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) pretende confrontar as versões do ex-presidente dos Correios João Henrique Almeida, do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e do ex-secretário executivo da Secretaria de Comunicação do Governo (Secom) Marcos Flora, que depôs ontem na subcomissão que analisa irregularidades nos contratos dos Correios.

Ao contrário do que João Henrique e Pizzolato haviam afirmado à CPI, Flora negou que a Secom, então sob o comando de Luiz Gushiken, tenha tido influência nos aditivos dos contratos de publicidade dos Correios e do Banco do Brasil, o primeiro feito com a SMP&B e o segundo com a DNA. As duas eram empresas de Marcos Valério.

¿ O senhor (Flora) nega justamente o que disseram o ex-presidente dos Correios e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil ¿ afirmou Lorenzoni.

Com um advogado, apesar de ser só testemunha

Acompanhado pelo advogado, apesar de depor como testemunha, Flora rebateu as acusações de que a Secom tenha favorecido as empresas de Marcos Valério. Negou, por exemplo, que a Secretaria tenha determinado a redução do valor do patrimônio líquido exigido para as empresas de publicidade que participaram da licitação dos Correios, de R$3 milhões para R$1,8 milhão. Foi graças a essa alteração que a SMP&B se habilitou para a concorrência.

¿ Não foi um comando da Secom e o cálculo da redução foi feito pelos Correios ¿ disse Flora.