Título: JULGADORES ELOGIAM TRABALHOS
Autor:
Fonte: O Globo, 29/10/2005, O Globo, p. 1

Escolher os vencedores entre tantos trabalhos de qualidade não é uma tarefa fácil. Para isso, o concurso Cidadão para o Futuro montou uma comissão formada por educadores e jornalistas. Segundo eles, a qualidade de fotos, reportagens e charges merece destaque, assim como as temáticas que foram escolhidas para os trabalhos.

¿ Saltou aos olhos o enorme potencial criativo dos estudantes. Para mim, a educação deve criar cada vez mais oportunidades para que esse tipo de expressão dos jovens se manifeste ¿ diz a professora Maria Helena Teixeira da Silva Gomes, um dos julgadores.

O jornalista Luiz Paulo Horta concorda com Maria Helena e afirma que os trabalhos refletem uma preocupação da juventude com temas que hoje são fundamentais para o Brasil:

¿ A crise política em que o país vive é o assunto mais grave no momento e isso se refletiu naturalmente nos trabalhos dos jovens, o que é muito importante. A expressão disso nos textos reflete uma preocupação.

Para a professora Leila Pereira, as questões abordadas espelham a vontade dos estudantes de mudança social.

¿ Do conjunto de trabalhos analisados, a característica mais marcante demonstrada pelos participantes foi uma nítida vontade de mudar, para viver num mundo mais justo e mais bonito ¿ constata Leila.

Já o ilustrador Cláudio Duarte, que avaliou fotos e charges, ressalta a qualidade técnica de boa parte dos inscritos.

¿ Os trabalhos, principalmente de fotos, estavam em um nível muito bom, o que acirrou a disputa ¿ conta.

A coordenadora pedagógica do Educando o Cidadão para o Futuro, Carmen Lozza, também destaca a variedade de temas escolhidos pelos estudantes e afirma que o trabalho realizado pelo projeto produz efeitos de longo prazo nos estudantes, ajudando-os na formação da cidadania:

¿ Como em educação as mudanças exigem tempo e em geral são fruto de ações de caráter mais permanente, estou convencida de que este projeto é uma experiência palpável para a conquista de uma cidadania concreta entre nós. Estando junto às escolas desde que o projeto teve a sua primeira versão, em 2001, vejo que, a cada ano, ele se aproxima mais firmemente de uma contribuição efetiva para o avanço da reflexão e das práticas ligadas à cidadania.