Título: PPS fixa a meta de 52 deputados
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Fonte: O Globo, 06/11/2005, O País, p. 19

Apenas PCdoB duvida que dobrará a sua votação em relação a 2002

BRASÍLIA. Os pequenos e médios partidos que correm o risco de perder os atuais direitos e prerrogativas dizem acreditar que vão atingir os 5% dos votos nacionais, à exceção do PCdoB, que considera improvável que sua votação mais que dobre em relação à eleição anterior. O PPS, que apoiou a candidatura de Ciro Gomes a presidente da República em 2002, fixou como meta eleger 52 deputados e aposta na reeleição dos governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), e nas candidaturas ao governo de Denise Frossard (Rio), Márcio Bittar (Acre), Rubem Bueno (Paraná) e Nelson Proença (Rio Grande do Sul) para atingir os 5% dos votos para a Câmara.

¿ Essa crise vai ter impacto nas eleições. A sociedade vai reagir e isso vai beneficiar os partidos que não estão envolvidos em corrupção e no mensalão ¿ diz o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE).

Já o atual partido do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, o PSB, tem como meta eleger 50 deputados. O partido deverá lançar quatro candidatos a governador: João Capiberibe, no Amapá, Vilma Faria, no Rio Grande do Norte, Eduardo Campos, em Pernambuco, e Cid Gomes, no Ceará.

Na maioria dos estados, PSB terá chapa própria

O PSB terá chapa própria para deputado na maioria dos estados e terá Ciro como sua principal estrela na campanha. Ele vai percorrer os estados e gravar programa para ser exibido na televisão pedindo votos para os candidatos socialistas.

¿ Fizemos os 5% em 2002 com uma candidatura própria a presidente da República (Anthony Garotinho). Agora é repetir ¿ afirma o deputado Eduardo Campos (PSB-PE), que é favorável à candidatura própria mas esbarra na resistência de setores do partido que preferem a coligação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Ilimar Franco)