Título: RENDA `PER CAPITA¿ MOVIDA A PETRÓLEO
Autor: Luciana Rodrigues
Fonte: O Globo, 19/11/2005, Economia, p. 32

Seis municípios fluminenses aparecem na lista das dez maiores

Oito dos dez maiores PIBs per capita do Brasil (ou seja, o total de riqueza gerada na cidade dividida pelo número de habitantes) têm sua economia baseada no petróleo. E cinco são fluminenses: Quissamã, Carapebus, Rio das Ostras, Búzios e Macaé. O Estado do Rio tem ainda Porto Real na lista dos dez mais: com apenas 14 mil habitantes e uma fábrica da PSA Peugeot-Citroën, seu PIB per capita foi de R$141 mil em 2003.

São Francisco do Conde (BA), que lidera o ranking, abriga a segunda maior refinaria de petróleo do país e tem um PIB per capita anual de R$282 mil. Sua população, de apenas 29 mil habitantes, é metade da paulista Paulínia, sede da maior refinaria do país e terceira na lista dos PIBs per capita, com R$174 mil. A gaúcha Triunfo, área de pólo petroquímico, vem em segundo lugar, com R$213 mil.

Economistas alertam, porém, que o petróleo gera uma renda que não é apropriada pela população local.

¿ O PIB per capita desses municípios não reflete a renda que efetivamente circula ali ¿ afirma o economista Rodrigo Serra, da Universidade Cândido Mendes em Campos.

Na outra ponta, os cinco municípios com piores rendas per capita do Brasil ficam no Maranhão. Em Bacuri, são gerados apenas R$697,04 por pessoa a cada ano, o equivalente a menos de R$2 por dia para cada habitante. Já os cinco menores PIBs totais (ou seja, sem repartir por morador) estão em Tocantins e Piauí. (L.R.)