Título: CARTEIRA ASSINADA RURAL
Autor: Ismael Machado e Luciana Rodrigues
Fonte: O Globo, 26/11/2005, Economia, p. 39

Emprego formal no campo cresceu 10%

RIO e BRASÍLIA. A agroindústria exportadora foi responsável por um dos bons resultados da Pnad 2004. Em um ano, a proporção de trabalhadores com carteira assinada entre os ocupados na atividade agrícola passou de 30% para 32,3%. É o nível mais alto desde a década passada: segundo o IBGE, os com carteira eram 24,8% dos empregados em 1992.

A elevação em mais de 10% do número de empregos com carteira assinada no campo foi comemorada pela equipe técnica do Ministério do Trabalho. O secretário-adjunto de Inspeção do Trabalho, Leonardo Soares, atribuiu o avanço às ações de fiscalização do governo na zona rural para combater a informalidade e o trabalho escravo, ao crescimento da economia, ao desempenho das exportações e ao aumento da profissionalização na agroindústria.

¿ Houve uma série de fatores que ajudaram a elevar a formalização na agricultura. Esta é uma das metas do Ministério, pois, historicamente, o índice de informalidade é maior nesse setor ¿ afirmou Soares.

Segundo o Ministério, as ações de fiscalização contra o trabalho escravo subiram de 30 em 85 fazendas, em 2002, para 76 em 275 propriedades em 2004. O número de trabalhadores pegos sem carteira pelos fiscais e que foram registrados chegou a 173.704 no ano passado. De janeiro a outubro deste ano, foram legalizados 103.704 trabalhadores. (Flávia Oliveira e Geralda Doca)