Título: Deputado poderá ter os bens indisponíveis
Autor: Isabela Martin
Fonte: O Globo, 09/12/2005, O País, p. 10

Segundo o Ministério Público, origem do dinheiro era propina paga por consórcio

FORTALEZA. O Ministério Público Federal pediu a indisponibilidade dos bens de José Nobre Guimarães e outros 11 denunciados na ação que investiga a prisão de um assessor do deputado, José Adalberto Vieira, com US$100 mil na cueca, em São Paulo. O Ministério Público diz que a origem do dinheiro era propina paga pelo consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste (STN) para obter facilidades no recebimento de um empréstimo de R$300 milhões do Banco do Nordeste do Brasil. José Adalberto foi preso em julho. Ele também tinha R$209 mil numa mala.

A ação foi ajuizada na quinta-feira da semana passada na 10ª Vara de Justiça Federal. Os bens de Kennedy Moura Ramos, ex-assessor da presidência do BNB, de José Adalberto e da mulher dele, Raimunda Lúcia, já estavam indisponíveis por força de uma liminar. Na ação, o MP pede a manutenção do bloqueio.