Título: Bancários e Fenaban assinam acordo e reajuste varia de 8,5% a 12,77%
Autor: Maria Fernanda Blaser
Fonte: O Globo, 12/11/2004, Economia, p. 26

Depois de quatro meses de negociações e 31 dias de greve, os bancários assinaram ontem a convenção coletiva da data-base relativa a 1 de setembro com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Pelo acordo, a categoria conquistou reajuste entre 8,5% e 12,77% (de acordo com a faixa salarial) no pagamento de novembro e retroativo a 1 de setembro.

Os trabalhadores também receberão em até dez dias 60% da participação nos lucros e resultados (PLR) e mais R$ 705 fixos. Os dias parados poderão ser compensados com horas extras ou até mesmo férias.

Os funcionários dos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) ainda precisam negociar outras cláusulas econômicas que não foram incluídas no julgamento do dissídio coletivo feito em outubro pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Plano de Cargos e Salários atrapalha negociações

O BB já concordou em pagar a mesma PLR dos bancos privados. Mas, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, Luiz Cláudio Marcolino, funcionários e governo ainda terão de negociar mudanças na parcela relativa à Previ, fundo de pensão do BB.

¿ A diretoria do banco concordou em aumentar em R$ 500 a complementação da aposentadoria, mas o banco quer decidir sobre o cronograma de pagamento somente depois do acordo ¿ disse Marcolino.

Outro ponto que ainda emperra as negociações é a correção no Plano de Cargos e Salários (PCS). Antes da greve da categoria, o BB tinha concordado em corrigir as faixas salariais do PCS em 3% depois da assinatura do acordo. Agora, a correção ainda não tem data para acontecer.

¿ O objetivo é fazer nova rodada de negociação ¿ explicou o presidente do Sindicato dos Bancários.

Hoje, funcionários do BB farão o Dia Nacional de Luta em todo o país.