Título: Facções dividem palestinos
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Fonte: O Globo, 12/11/2004, O mundo, p. 31
Se Yasser Arafat era o principal ícone da luta por um Estado, o movimento nacional palestino é muito mais complexo. Grupos nacionalistas laicos, movimentos comunistas e radicais religiosos têm relacionamento complicado entre si, discordando não só nos métodos como até no objetivo de sua luta.
A Organização para a Libertação da Palestina reúne vários grupos. Foi fundada em 1963 e passou ao controle de Arafat em 1969. Ele era, então, líder da Fatah, grupo fundado por ele em 1957 que se tornara majoritário na OLP. O grupo é laico e pretendia destruir Israel. Além de guerrilha, o Fatah era um movimento de conscientização nacional e angariou grande apoio.
Em 1967, foi fundada a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), que pretende criar um Estado comunista. Em 1968, uniu-se à OLP. Mas depois de Arafat anunciar, em 74, que lutaria por uma solução de dois Estados, a FPLP deixou a OLP.
Em 1987, radicais islâmicos fundaram o Hamas, que pretende criar um Estado palestino islâmico e destruir Israel. O grupo foi autor de grande parte dos atentados contra civis israelenses. Seu trabalho social nos territórios ocupados lhe deu popularidade entre os palestinos.
Os ataques suicidas também se tornaram prática de grupos laicos. As Brigadas de Mártires de al-Aqsa ¿ que mudaram o nome para Brigadas do Mártir Yasser Arafat ¿, facção da Fatah, realizou ataques suicidas nos últimos anos.