Título: PARA FIESP, NATAL SERÁ AMARGO
Autor: Patricia Duarte, Patricia Eloy e Vagner Ricardo
Fonte: O Globo, 15/12/2005, Economia, p. 29

Setor produtivo diz que redução foi inexpressiva

SÃO PAULO. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) foi recebida com críticas pelos empresários, que esperavam corte maior da Taxa Selic diante dos sinais de desaceleração da economia. Na avaliação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), 2005 foi o ano das ¿oportunidades perdidas¿. Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que não havia motivo para ¿redução tão inexpressiva¿, que acabará consolidando um ¿crescimento medíocre¿ para o PIB neste ano. A estimativa da entidade para o PIB é de uma variação de 2,3%:

¿ A Fiesp esperava um Natal menos amargo para o Brasil.

Para Orlando Diniz, presidente da Fecomércio-RJ, o corte foi irrisório e a hora era de uma redução maior. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou que ¿o Banco Central permanece insensível às condições da economia¿. A Força Sindical voltou a pedir mudanças na política monetária e disse que uma taxa de juros elevada vai dificultar as negociações salariais previstas para o primeiro semestre de 2006. (Aguinaldo Novo)