Título: CLIENTES DE BANCOS NÃO SENTEM QUEDA DOS JUROS
Autor: Mariza Louven
Fonte: O Globo, 28/12/2005, Economia, p. 22

Procon de SP constata alta este ano nas taxas do cheque especial e do empréstimo pessoal

SÃO PAULO. O ritmo de queda da Taxa Selic desde setembro praticamente não teve reflexo nas taxas de dez bancos do país. Levantamento do Procon paulista, divulgado ontem, mostra que o juro para o consumidor ficou mais caro em 2005. A taxa nos empréstimos pessoais, que em janeiro era de 5,22% ao mês, chegou em dezembro a 5,44%, uma alta de 4,21%. Os juros no cheque especial também subiram: a taxa média este ano foi de 8,25% ao mês, uma alta de 0,23 ponto percentual em relação à taxa média de 2004 (8,02%).

Desde setembro, a Selic caiu de 19,75% para 18% ao ano. O Procon pesquisou dez instituições: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

A taxa média do empréstimo pessoal em 2005 foi de 5,39% ao mês, uma alta de 0,10 ponto percentual sobre a taxa média de 2004 (5,29% ao mês). O banco com a maior taxa média anual foi o Itaú (5,87% ao mês). A menor foi da Nossa Caixa, com 4,19%, uma diferença de 1,68 ponto percentual ou uma variação de 40,1% entre a maior e a menor.

No cheque especial, o Itaú também registrou a maior taxa: 8,47% ao mês. A menor foi da CEF (7,84%). Para o Procon, a elevação dos juros é explicada pela massificação dos créditos e pela alta da inadimplência.